quinta-feira, 19 de junho de 2014

Nós somos o futuro!...105

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2014. Feriado de Corpus Christi. Com chuva, que por aqui também quer dizer, todo mundo em casa, inclusive eu, fechando mais um capítulo de Ipanema ALLTEEN do verão passado. Apesar de não estar acompanhando, sei que a Copa continua, com o Brasil quase classificado para a segunda fase, esperando um jogo com o já eliminado Camarões. A Espanha também rodou e alguns chilenos sem ingresso, tentaram entrar no Maracanã na marra e já foram convidados a se retirar do país (dessa vez, a baderna não ficou por conta dos “vândalos”).

Coincidência ou não, a Holanda ficou hospedada logo ali no Posto 9, a Amsterdam carioca,
onde estive nos últimos dias, mesmo com todas as nuvens, já que isso não faz muita diferença pra quem joga altinha. Não sei se já falei antes, mas o que mantém a bola no ar é a energia, independente da qualidade dos jogadores. É lógico que aqueles que jogam futebol ou futevôlei, tem mais chance de fazer um jogo melhor, mas isso não é uma regra.

Cap. 105: jogo pesado, só a nata!


Várias altinhas aparentemente redondas já vem formadas antes mesmo de entrar na areia, já que muita gente costuma se ver além da praia. Essa galera que joga sempre junto, acostuma-se, já sabe onde fulano vai botar a bola, quando vai bater e às vezes, repetem os mesmos erros. Essa harmonia só costuma ser quebrada com a chegada de um desconhecido, quando se vê claramente, bons jogadores fazendo corpo mole.

Diante de uma altinha vaga (com menos de 4 pessoas), entro com o único objetivo de somar, me testar e evoluir e tenho visto todo tipo de recepção, das boas às mais estranhas, pelo simples fato de ser/trazer o novo, algo que alguns humanos costumam temer.

 Jay Adams

Quem tá plantado no chão, não faz questão de entender e implica com os que voam. Isso lembra os primórdios do skateboard, quando Stacy Peralta, Tony Alva e Jay Adams ( Zephyr Team), muito à frente de seu tempo, elevaram o nível do esporte com suas irreverentes manobras nos campeonatos, e continuaram elevando ao desbravar as piscinas californianas, o que deu origem ao vertical e hoje se desdobra em modalidades super inovadoras como a Mega Rampa, cria do brasileiro Bob Burnquist.

 Mega Rampa: Danny Way cruzando a Muralha da China

Diferente do skate, o futebol mantém-se tradicional e mesmo sem acompanhar um jogo ou campeonato sequer, tenho a impressão que os resultados também não mudam. As últimas “novidades” como a bicicleta e a chilena, respectivamente executadas por Leônidas da Silva (1932) e Arsenio Erico (1934), raras nos jogos, tornam-se cada vez mais comuns na areia.

Higuita...abusado!

Quando eu digo “comuns” não falo de centenas de pessoas, mas de uma meia-dúzia de gatos pingados que conseguem executar, enquanto o helicóptero, ainda parece um truque mutante que provavelmente vai demorar pra chegar aos campos. Em 2014, nós somos o futuro!

Chilena em Ipanema. Botocarioca por Filipe Costa

PS: qualquer flamenguista entendeu porque o Brasil empatou com o México.